Rede Pública x Rede Privada
Existem algumas diferenças entre as vacinas oferecidas no SUS e nas clínicas de vacinação. A primeira é nos calendários que norteiam cada serviço, sendo assim o cronograma de doses também é um pouco diferente, a rede particular segue o calendário da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) que tem como objetivo um olhar individualizado para cada um, e o calendário de vacinação da rede pública é norteado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Muito importante frisar que todas as vacinas usadas no Brasil, sejam elas no setor público ou privado, passam por estudos, testes e antes de serem liberadas para uso passam pela avaliação e aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todas as vacinas são seguras.
O motivo da oferta menor no SUS é que o sistema procura priorizar as doenças mais comuns para que seja possível vacinar um número maior de pessoas e garantir uma cobertura adequada pelo país. A prioridade é a saúde coletiva, dentro do que o orçamento público permite.
Já nas clínicas privadas, olhamos para cada pessoa de forma individualizada, assim é possível escolher a vacina de acordo com a necessidade e interesse de cada pessoa. Ficamos assim responsáveis por oferecer produtos que são indispensáveis a grupos menores da população, contribuindo para a diminuição de contágio de diversas doenças.
Entre SUS e rede privada, também pode-se observar a distinção de cobertura de cepas de cada vacina. A vacina contra a gripe, por exemplo, é disponibilizada na rede pública na versão trivalente, que protege contra três tipos de mutações do vírus. Na rede particular, além dessa versão, é ofertada a quadrivalente, que tem defesa contra quatro cepas do vírus da gripe. Outro exemplo são as vacinas que previnem contra Meningite, no SUS na primeira infância tem disponível a MeningoC, protegendo contra especificamente contra o sorotipo C, na rede privada usamos a vacina Meningo ACWY (proteção contra 4 sorotipos) e a Meningo B.
As reações e o número de doses entre as vacinas também tem diferenças. Por exemplo com a pentavalente, pela rede pública, contempla cinco enfermidades: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria haemophilus influenzae tipo B (que causa meningite, septicemia e pneumonia.) Ela é feita a partir de partes inteiras da bactéria Pertussis, que pode provocar mais febre e eventos adversos locais.
Na visita ao posto aos 2, 4 e 6 meses seu filho receberá uma furadinha desta vacina e outra furadinha para a proteção contra a poliomielite. Enquanto isso, na rede privada temos a vacina hexavalente acelular, que apresenta até 95% menos chance de reação. Além das cinco doenças da pentavalente do posto, ela já abrange também a poliomielite, tornando necessária somente uma picada. Na rede privada também dispomos de uma vacina pentavalente, porém acelular diminuindo as chances de eventos como febre e locais.